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Açú / Lajes, Nordeste - Rio Grande do Norte, Brazil
Nós somos Leandro Ismael de Almeida e Islame Felipe Fernandes, alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - Campus Ipanguaçu. Moramos em cidades diferentes - Felipe em Lajes e eu em Açú. Nos conhecemos na escola ano passado (2008) e no decorrer deste ano (2009) descobrimos um gosto comum: A paixão por literatura. Daí então, inspirados por grandes escritores que pudemos conhecer através das aulas de português, decidimos produzir o nosso próprio livro de caráter literário "Poesia Minha de Cada Dia" baseado totalmente em nosso cotidiano adolescente repleto de paixões, aspirações e questionamentos. O livro está em formação e pretendemos publicá-lo pela Editora Ifrn. Aqui neste blog você poderá acompanhar o andamento do nosso projeto Poesia Minha de Cada Dia como também conhecer alguns autores que apreciamos através de postagens que constantemente faremos de obras suas. Por fim, nos conhecer através de nossa modesta arte e "pistas" de nossa vida pessoal por intermédio do blog de forma integral. Esperamos que goste e viajemos juntos no mergunlho dentro do abismo dos pensamentos e palavras!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Gênesis












Leandro Almeida

Ela corre a pauta
A imprimir o lampejo
O cheiro, a cor
A lembrança
E o sabor

Aí crio a Poesia
Aquela por quem fui criado

A levar-me
Entre meus próprios dedos

Então dou a luz
Àquela que me concebeu
Pois sou nascido
Daquela que de mim nasceu

É que outrora
Era tudo vazio
Sem forma.
E se movia a Poesia
Dando forma ao primeiro dia.
Sobre a face das águas se movia...

E no dia seis
Criou a Poesia ao homem
À sua imagem e semelhança o criou
Homem e mulher os formou...

E o formou
Do pó da terra
E soprou-lhe a Inspiração
E o fez alma vivente
Dotou-lhe de um coração...

Inegavelmente
Essa é nossa relação
É nosso gênesis
Nossa comunhão

É que dou a luz
Àquela que me concebeu
Pois sou nascido
Daquela que de mim nasceu

E assim vivemos nós
Eu a criá-la desde o amor
Aos meus mais profundos medos
E ela a levar-me
Entre meus próprios dedos

Pois cada dia a se passar
Com a caneta e papel por testemunhas
Luz um ao outro estamos a dar.

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