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Açú / Lajes, Nordeste - Rio Grande do Norte, Brazil
Nós somos Leandro Ismael de Almeida e Islame Felipe Fernandes, alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - Campus Ipanguaçu. Moramos em cidades diferentes - Felipe em Lajes e eu em Açú. Nos conhecemos na escola ano passado (2008) e no decorrer deste ano (2009) descobrimos um gosto comum: A paixão por literatura. Daí então, inspirados por grandes escritores que pudemos conhecer através das aulas de português, decidimos produzir o nosso próprio livro de caráter literário "Poesia Minha de Cada Dia" baseado totalmente em nosso cotidiano adolescente repleto de paixões, aspirações e questionamentos. O livro está em formação e pretendemos publicá-lo pela Editora Ifrn. Aqui neste blog você poderá acompanhar o andamento do nosso projeto Poesia Minha de Cada Dia como também conhecer alguns autores que apreciamos através de postagens que constantemente faremos de obras suas. Por fim, nos conhecer através de nossa modesta arte e "pistas" de nossa vida pessoal por intermédio do blog de forma integral. Esperamos que goste e viajemos juntos no mergunlho dentro do abismo dos pensamentos e palavras!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quatro Sonetos de Meditação










Vinícius de Morais


Soneto I

Mas o instante passou. A carne nova

Sente a primeira fibra enrijecer

E o seu sonho infinito de morrer

Passa a caber no berço de uma cova.


Outra carne virá. A primavera

É carne, o amor é seiva aterna e forte

Quando o ser que viveu unir-se à morte

No mundo uma criança nascerá.


Importará jamais por quê? Adiante

O poema é translúcido, e distante

A palavra que vem do pensamento


Sem saudade. Não ter contentamento.

Ser simples como o grão de poesia

E íntimo como a melancolia.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O livro das Ignorãças


Manoel de Barros
No descomeço era o verbo.

Só depois é que veio o delírio do verbo.

O delírio do verbo estava no começo,

lá onde acriança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.

A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.

Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.

E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazernascimentos

— O verbo tem que pegar delírio.

O que é o poeta?











Mário Quintana


Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus! Deus é um absurdo!
Eu vou me matar! Eu quero viver!

- Você é louco?

- Não, sou poeta.